quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Reflexão sobre os15 anos de atuação como Médico Veterinário Por Dr Horácio Alves Junior

Prestes a completar 15 anos de atuação como Médico Veterinário de pequenos animais nesta cidade, faço uma reflexão sobre esta história.

            Neste período, nossos clientes e pacientes mudaram muito. Antes tido como um trabalho supérfluo, somente acessível às classes mais altas, hoje nossos clientes são de todas as classes sociais. Os gatos representam hoje em torno de 20% dos pacientes e os cães pequenos, de companhia, que vivem dentro de casa superaram em muito os cães de guarda e caça, que eram mais comuns no início.

            O comportamento do cliente que, ainda hoje procura atendimento mais curativo que preventivo, também vem mudando, chegando com o paciente em um momento mais inicial das doenças, diferente do início, onde recebíamos os pacientes em fase terminal, gerando menores chances de bons resultados.

            Em geral, o respeito aos animais vem aumentando muito, tanto os domésticos quanto os silvestres, gerando indignação na população quando são desrespeitados. Temos hoje várias pessoas que se dedicam a eles, de forma particular ou através da ONG SGPAN, que trabalham em prol da ajuda a estes animais.

            Agora, quanto às doenças, estas me preocupam e este é o motivo pelo qual desejo dividir estas informações com a população. Os casos mais frequentes, ainda hoje são os envenenamentos, os acidentes e as doenças infecciosas. Os envenenamentos seriam fáceis de se reduzir, através da fiscalização da venda do famigerado “chumbinho”, grande causa de morte de cães e gatos. Infelizmente ainda são facilmente encontrados no comércio. Os acidentes, principalmente os atropelamentos, nos mostram que, ainda hoje, os animais têm amplo acesso à rua, gerando riscos a eles próprios e à população. As doenças infecciosas podem, na maioria das vezes serem prevenidas através de vacinações. Todos os cães devem ser vacinados a partir de 45 dias, com as vacinas polivalentes (óctupla em cães e quádrupla em gatos), e a partir de 4 meses com a antirábica e contra leishmaniose. Deve-se preferir vacinas de boa qualidade, principalmente as importadas. Todos os cães adultos têm que ser revacinados anualmente. Não existe vacina que tenha efeito por mais de 1 ano. Fica o lembrete que este ano não haverá campanha de vacinação pública.

            Quanto à leishmaniose, a maior causa de morte entre os cães, a prevenção se dá com a vacina e repelentes. Este problema está muito sério, não só em Caeté como em toda a região.

            Tomando estes cuidados, associados a um bom local para morar, uma alimentação saudável (leia-se ração) e uma boa dose de carinho, nossos animais podem ter uma vida ainda muito melhor.

            Ficam as dicas para todos.



Dr. Horácio Alves

Médico Veterinário

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